Tanta gente, Mariana. O primeiro livro que li de Maria Judite de Carvalho. E só me apraz perguntar como é que é possível só agora ter descoberto esta autora.
Maria Judite de Carvalho teve uma infância triste, marcada pela perda, pela ausência e por uma educação austera e castradora. E, de certa forma, creio que foram essas provações que acenderam nela o dom de escrever como escreveu.
Este livro de contos (oito, no total) arrebatou-me completamente, desde a primeira página. Maria Judite escreve de uma forma simples e, ao mesmo tempo, profunda, incisiva, tocando nas feridas de todos nós. A solidão e a melancolia são os temas centrais e transversais a todos os contos. E quase que conseguimos sentir essas emoções na nossa própria pele.
Todas as personagens destes contos estão cheias de vazio. De vazio e de um certo estado de desistência face à vida. No fundo, são vidas a perder-se dentro de si próprias, na sua solidão, na sua loucura, no seu desespero, na sua apatia, como quem espera que os dias passem depressa na esperança de diminuir o vazio que os preenche. Uma melancolia agarrada à pele, narrada de uma forma brilhante.
Estou muito expectante para ler as restantes obras de Maria Judite de Carvalho. Sei que também escreveu um livro de poesia (A flor que havia na água parada), que não vejo a hora de ter comigo. Algo me diz que esta autora (com a qual já tanto me identifico) irá tornar-se numa das minhas preferências.
[Este livro, que comprei num alfarrabista, é uma edição antiga, de 1974, e em segunda (ou terceira, ou quarta) mão, como eu tanto gosto!]
E vocês, já leram algum livro desta autora portuguesa?
Maria Judite de Carvalho teve uma infância triste, marcada pela perda, pela ausência e por uma educação austera e castradora. E, de certa forma, creio que foram essas provações que acenderam nela o dom de escrever como escreveu.
Este livro de contos (oito, no total) arrebatou-me completamente, desde a primeira página. Maria Judite escreve de uma forma simples e, ao mesmo tempo, profunda, incisiva, tocando nas feridas de todos nós. A solidão e a melancolia são os temas centrais e transversais a todos os contos. E quase que conseguimos sentir essas emoções na nossa própria pele.
Todas as personagens destes contos estão cheias de vazio. De vazio e de um certo estado de desistência face à vida. No fundo, são vidas a perder-se dentro de si próprias, na sua solidão, na sua loucura, no seu desespero, na sua apatia, como quem espera que os dias passem depressa na esperança de diminuir o vazio que os preenche. Uma melancolia agarrada à pele, narrada de uma forma brilhante.
Estou muito expectante para ler as restantes obras de Maria Judite de Carvalho. Sei que também escreveu um livro de poesia (A flor que havia na água parada), que não vejo a hora de ter comigo. Algo me diz que esta autora (com a qual já tanto me identifico) irá tornar-se numa das minhas preferências.
[Este livro, que comprei num alfarrabista, é uma edição antiga, de 1974, e em segunda (ou terceira, ou quarta) mão, como eu tanto gosto!]
E vocês, já leram algum livro desta autora portuguesa?
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